18 05 2017 noticia

Com o objetivo de romper o silêncio em torno dos casos de violência doméstica, que ainda assolam tantas famílias do Distrito Federal, é que nasceu a Ação Solidária Rompendo o Silêncio, em 2016, realizada na comunidade do Fercal. Esse ano, o evento pretende dar voz às ações de combate à violência contra a mulher a uma população muito maior: todo o DF. A segunda edição do evento vem recheada de atividades ao ar livre, no Parque da Cidade Sarah Kubitschek - onde circulam cerca de 10 mil pessoas nos fins de semana. A programação será diversificada, entre apresentações artísticas, culturais, aulas de dança e de crossfit, além de food trucks, brinquedos infláveis e inúmeros serviços gratuitos. Entre uma apresentação e outra, serão ministradas breves palestras de conscientização acerca de temas variados como violência doméstica, obstétrica e no ambiente de trabalho, bullying, entre outros. A entrada é franca.

“O projeto nasceu da necessidade de conscientizar a sociedade das diversas formas de violência às quais as mulheres continuam expostas, realizando um trabalho de prevenção com a população em geral, em particular nos locais de maior índice de violência, a fim de conscientizar a população da importância de ações preventivas”, conta a coordenadora de Ações para Mulheres da Amagis-DF, Juíza Rejane Suxberger, organizadora do evento. A magistrada lida diariamente com os casos de violência contra as mulheres no Fórum de Sobradinho, onde é Titular do Juizado de Violência Doméstica e da Família.

O evento ocupará grande parte do estacionamento 12 do Parque da Cidade, ao lado do Parque Ana Lídia, entre 9 e 13h30. Na programação estão previstas as seguintes atrações: aulão de alongamento e dança com a Academia Acuas Fitness (9h20); apresentação de Dança de Carimbo das Crianças do Riacho Fundo (9h50); apresentação de hip hop com Camila Rodrigues e Dihéssika Wendy (10h20); aulão de Zumba, às 10h50. apresentação da banda de percussão Maria Vai Casoutras (11h20); aulão de crossfit da Academia Kamon Crossfit (12h10) e apresentação da Banda Batalá de Brasília (12h50).

Graças a inúmeras parcerias firmadas, estarão disponíveis, durante todo o evento, stands com serviços gratuitos para atendimentos na área da saúde (Enfermagem da UnB); cortes de cabelo (Helio Diff); oficina de artesanatos (Casa Abrigo); medição de pressão e teste de glicemia; fisioterapia; e assistência da Unidade Móvel de Acolhimento às Mulheres.

A programação de palestras também promete aquecer a ação, com temas relevantes. Às 9h20, palestram no evento a advogada Cristina Alves Tubino, presidente da Comissão da Mulher da OAB-DF, sobre “Lei Maria da Penha”, e o promotor de Justiça de Violência Doméstica, Pedro Thomé, sobre “Ministério Público e a Lei Maria da Penha”. Às 9h40, é a vez da psicóloga da SEEDF, Tânia Naves falar sobre “Mulheres e Bullyng: uma trama secreta”. 10h10, sob o tema “O direito à autodeterminação”, quem palestra é a professora da UNB, advogada e doutora em Direito, Soraia da Rosa Mendes. Às 10h40, o tema é “Violência obstétrica”, com Mariana Siqueira de Carvalho Oliveira, participante do filme O Renascimento do Parto. 11h10, haverá a palestra “Empoderamento da mulher no século XXI”, com Cleide de Oliveira Lemos, consultora legislativa do Senado Federal e ativista de direitos humanos e feminista da Partida. “Assédio sexual no ambiente de trabalho” e “Mulheres e a Reforma da Previdência” são os temas das palestras da Juíza do Trabalho, Noemia Porto e da Juíza Federal Célia Bernardes, respectivamente, às 11h50. Às 12h40, a delegada da Polícia Civil do DF Jane Klebia encerra o programa de palestras do evento, com o tema  “Preconceito em dose dupla: mulheres e negras”.

A violência contra a mulher no DF

Segundo relatório da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, em 2016 foram registrados 13.212 casos de crime contra mulheres. Desse grupo, 62% foram casos de ameaça e injúria e, em 6.809 casos, houve algum tipo de agressão. A maioria dos autores das violências são homens (90% dos casos) e possuem faixa etária entre 25 e 35 anos. Já as mulheres que mais sofrem são as que estão na faixa etária entre 18 e 30 anos, grupo responsável por 5.412 das queixas prestadas (38% de total).

 

Serviço: II Ação Solidária Rompendo o Silêncio

Data: 28 de maio de 2017, das 9h às 13h30

Local: Estacionamento 12, do Parque da Cidade Sarah Kubitschek, Brasília-DF

Realização: Associação dos Magistrados do DF (Amagis-DF

Apoio: Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação de Juízes Federais (AJUFE), Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (ANAMATRA), Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Associação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT) e Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Distrito Federal OAB-DF

Ingressos: ENTRADA FRANCA

Mais informações: Amagis-DF (61) 3103-7873

 

ASCOM/Amagis-DF - 18 de maio de 2017