Amagis-DF abre oficialmente o Programa Justiça e Educação

Foto ProgramaJusticaeEducacao5

A Associação dos Magistrados do Distrito Federal lançou, nesta quinta-feira, 13 de agosto, o Programa "Justiça e Educação: Compartilhar conhecimento em prol da infância e juventude do DF". Na abertura do programa, mais de 100 professores da rede pública de ensino do Distrito Federal lotaram o auditório do Fórum do Paranoá. O programa, parceria entre a Amagia-DF e a Secretaria de Educação do Distrito Federal,  tem o objetivo de sensibilizar os professores para o acolhimento de alunos vítimas de violência sexual. Participaram do evento: a Juíza Theresa Karina de Figueiredo, diretora de Comunicação da Amagis-DF; o Juiz Fábio Esteves, vice-presidente da entidade; o Secretário Adjunto de Educação do DF, Clóvis Lúcio da Fonseca Sabino, o Secretário de Justiça e Cidadania do DF, José Vieira; as Promotoras de Justiça do DF, Camila Costa Britto e Janaína Laudelina Bizerra, e o Psicossocial do TJDFT, Miguel Ricardo de Carvalho Vargas.

O Juiz Fábio Esteves compôs a mesa de abertura do evento. Na ocasião o magistrado destacou a importância do projeto. “O projeto busca evidenciar e aperfeiçoar os mecanismos existentes com novas parcerias. Uma criança que sofre abuso certamente terá problemas mais sérios no futuro. A educação é o único meio de ajudar nossas crianças e o professor é protagonista nesse importante trabalho”, disse.

Para a Juíza Theresa Karina de Figueiredo, palestrante e idealizadora do Programa “Justiça e Educação”, o foco dessas palestras são os professores e o seu papel na sociedade. “O caminho tradicional não tem resolvido e é preciso que os casos sejam levados ao Conselho Tutelar ou diretamente ao promotor”, ressaltou. A magistrada destacou que a Justiça está presente e precisa contar com a contribuição da comunidade, convidado os professores a estarem presentes, sempre que for necessário no fórum.

A Promotora de Justiça, Janaína Bizerra, apresentou, em sua palestra, o trabalho do Ministério Público e chamou a atenção para a promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes. Janaína destacou que os professores podem e devem procurar a Promotoria diretamente para relatar as ocorrências de abuso sexual. “Nós gostaríamos de abrir esse canal de comunicação entre professores com o Ministério Público. Se vocês tem algum medo, garantimos o sigilo e resguardo dos seus dados”.

O psicossocial do TJDFT, Miguel Ricardo de Carvalho Vargas, participou do evento, pela manhã e à tarde. O psicólogo faz parte do serviço de assessoramento aos juízes criminais há três anos e lida diariamente com casos de abuso sexual. “Não é fácil falar sobre o tema. Se falar de ato sexual já é difícil, imagine falar do abuso sexual. É muito comum uma criança passar anos sofrendo abusos  sem falar do assunto. Sem exteriorizar”, falou Miguel sobre a dificuldade para se constatar efetivamente a ocorrência de um abuso.

ASCOM/Amagis-DF - 14 de agosto de 2015

Foto ProgramaJusticaeEducacao2  Foto ProgramaJusticaeEducacao3