AMAGIS-DF completa 49 anos de lutas e conquistas

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A AMAGIS-DF completa hoje 49 anos de existência. Desde a criação, foram quase cinco décadas de luta pela magistratura do Distrito Federal. Atualmente, a associação tem mais de 400 associados em seus quadros.
Com um quadro de magistrados restrito, juízes que enfrentavam grandes dificuldades no exercício da jurisdição, mas com o desejo de fortalecer a carreira, decidiram dar início a criação de um grupo para lutar por suas pretensões. Com o esforço e a dedicação de cada associado e dos dirigentes, o sonho tornava-se realidade. Nascia a AMAGIS-DF.
Nesses 49 anos, atuaram como presidente: Des. Geraldo Tasso de Andrade Rocha (1969 - Diretoria Provisória); Ronildo Bueno de Souza (1970/1972); Eduardo Andrade Ribeiro de Oliveira (1972/1974); Iraja Pimentel (1974/1976); Dirceu de Farias (1976/1978); Des. Luiz Vicente Cernicchiaro (1978/1984); Des. Luiz Cláudio de Almeida Abreu (1984/1986); José Ribeiro Leitão (1986/1988); Des. Pedro Aurélio Rosa de Farias (1988/1990); Des. Edmundo Minervino Dias (1990/1994); Des. Nivio Geraldo Gonçalves (1994/1996); Des. Pedro Aurelio Rosa de Farias (1996/1998); Des. Mario Machado Vieira Neto (1998/2002); Des. George Lopes Leite (2002/2004); Maria Isabel (2004/2008); Aiston Henrique de Sousa (2008/2010); Gilmar Tadeu Soriano (2010/2012); Des. Sandoval Gomes de Oliveira (2012/2014); Des. Sebastião Coelho da Silva (2014/2016); Fábio Francisco Esteves (2016/2020).

HISTÓRIA
O ano de 1969 representa um retrocesso na história da democracia brasileira. O Ato Institucional Número 5, com limitação ao regular funcionamento do Poder Judiciário representa um duro golpe na independência da magistratura.
Naquela época, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, presidido pelo desembargador Raimundo Ferreira de Macedo, era na Esplanada dos Ministérios.  Foi neste local que se iniciaram as reuniões informais para discutir a criação de uma Associação, destinada a congregar a magistratura local.
Apesar do quadro da magistratura ainda ser restrito, já contava com juízes que tinham consciência do papel e missão da magistratura para o fortalecimento do Judiciário na nova Capital.
As grandes e notórias dificuldades enfrentadas na cidade pelos Juízes da Primeira Instância da Justiça local indicavam a necessidade de uma entidade que pudesse reuni-los para buscar soluções para os principais problemas que vivenciavam.
Além das circunstâncias políticas, os magistrados enfrentavam dificuldades referentes às condições de trabalho. As instalações das Varas contavam apenas com uma máquina de escrever manual e um secretário de gabinete. Os magistrados reivindicavam a realização de concurso público para preenchimento das vagas de juízes, verba para aquisição de livros e ainda o financiamento para compra de imóveis. Lutavam por suas pretensões, de modo a possibilitar o melhor desempenho das funções.
Pretendia-se incentivar ambientes de socialização e encontro entre os juízes vindos das mais distintas partes do país. Era necessário, pois, criar uma entidade que buscasse unir esses juízes e consolidar o Poder Judiciário local.
Foi nesse ambiente que os juízes resolveram fundar uma associação. A primeira reunião oficial ocorreu em 18 de dezembro de 1969. Na ocasião, foi externada a necessidade de se concretizar a fundação de uma entidade em âmbito regional em defesa da categoria. A proposta foi aprovada por unanimidade e, assim, nasceu a Associação dos Magistrados de Primeira Instância da Justiça do Distrito Federal, conduzida pelo primeiro presidente, Juiz Geraldo Tasso Andrade Rocha. Inicialmente, a Associação era composta por juízes só do Distrito Federal. Porém, anos depois, passou a ser constituída, também, por Juízes Federais, Juízes do Trabalho e Auditores da Justiça Militar.
A missão da Associação estava claramente definida no Estatuto aprovado em maio de 1970. Velava pela dignidade da magistratura ao defender seus interesses e promover meios para facilitar o desempenho da função judicante como a busca de melhores condições de trabalho, participação na Organização Judiciária, bem como a criação de uma sede definitiva para abrigar o Poder Judiciário local. Era apenas o começo de uma história de lutas em prol do fortalecimento da magistratura.

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