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Programa Justiça e Educação abre ciclo de palestras no Núcleo Bandeirante

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Na manhã desta quarta-feira, 25 de novembro, o Programa "Justiça e Educação: Compartilhar conhecimento em prol da infância e juventude do DF” movimentou o Fórum do Núcleo Bandeirante com o primeiro ciclo de palestras de formação continuada na região administrativa. O projeto, de autoria da Amagis-DF, com parceria da Secretaria de Educação do Distrito Federal, visa sensibilizar e capacitar professores da rede pública de ensino para o acolhimento de alunos vítimas de abuso sexual. Liderado pelo vice-presidente da Amagis-DF, Juiz Fábio Esteves - titular da Vara Criminal e Tribunal do Júri do Núcleo Bandeirante -, o evento reuniu cerca de 200 professores, oriundos de escolas da Candangolândia, Núcleo Bandeirante e Riacho Fundo I e II. Participaram do evento a psicossocial do TJDF, Marília Lobão, o professor da UNIB - Unidade de Educação Básica do Núcleo Bandeirante, Adilson Lopes e a representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-DF, Ana Izabel Gonçalves de Alencar.

“O Tribunal do Juri aqui do Núcleo Bandeirante está de portas abertas e à disposição das pessoas da comunidade local para trocar ideias e experiências a fim de que alcancemos maiores resultados na resolução de problemas como esse de abusos muitas vezes relatados no ambiente escolar”, registrou o juiz Fábio Esteves, ao dar as boas-vindas aos presentes.

Conferencista convidada, Marília Lobão proferiu palestra explicativa sobre os procedimentos realizados pelo Tribunal de Justiça junto às crianças e adolescentes com foco na identificação do abuso sexual - da entrevista psicológica até a audiência com o juiz - e como os professores devem proceder em casos de relatos desse tipo de violência. “Há muita dificuldade das crianças em contar sobre os fatos, por medo da reação da família. Isso porque na maioria dos casos o abusador é o provedor do lar”, disse. Segundo ela, a situação do abuso é sempre delicada e o processo de identificação, difícil.

A profissional destacou o papel do professor e da escola na resolução de casos de abuso. “Creio, de verdade, que 70% dos problemas podem ser resolvidos na escola. Se a criança busca o professor para contar algo, é porque o professor é a pessoa da sua confiança. Mas, caso a criança não busque o professor, não indicamos que o professor pergunte claramente sobre fatos que ele desconfia, pois isso poderia contaminar a memória da criança”, explicou. De acordo com ela, o trabalho do professor, nestes casos, não é de denunciar fatos, mas relatos, que por sua ver serão investigados com o uso de métodos cognitivos. “É um trabalho delicado, de entrevista forense, sem perguntas claras, que evita a indução de respostas”.

O evento abriu espaço para perguntas dos professores presentes e a troca de experiências, com dicas da psicossocial.

O programa Justiça e Educação é uma iniciativa da Juíza Theresa Karina de Figueiredo Barbosa, diretora de comunicação da Amagis-DF. Adotado pela Amagis-DF, é um projeto que visa envolver magistrados do DF que queiram contribuir de forma voluntária com o principal objetivo da ação, que é sensibilizar e capacitar professores para o acolhimento de alunos vítimas de abuso sexual, colaborando para a resolução de casos que muitas vezes não chegam até a Justiça. O próximo encontro no Núcleo Bandeirante está previsto para o mês de fevereiro do próximo ano, como formação continuada sob o tema “Processo de Denúncia”.

ASCOM/Amagis-DF - 25 de novembro de 2015

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